Neste livro, o filósofo britânico Roger Scruton analisa a obra de 14 intelectuais da chamada Nova Esquerda. São eles: E. P. Thompson, Ronald Dworkin, Michel Foucault, R. D. Laing, Raymond Williams, Rudolf Bahro, Antonio Gramsci, Louis Althusser, Immanuel Wallerstein, Jürgen Habermas, Perry Anderson, György Lukács, J. K. Galbraith e Jean-Paul Sartre.

Antes de tratar destes autores individualmente, Scruton procura esclarecer o que é a esquerda e por que escolheu abordar estes autores. Ao final, ele também explicita a perspectiva subjacente a suas análises, de maneira a deixar claro de que ponto de vista partem as críticas feitas.

Os pensadores que mais influenciaram as atitudes da Nova Esquerda são examinados pelo principal crítico inglês das orientações esquerdistas na civilização ocidental moderna. Além de avaliações das contribuições filosóficas e políticas desses pensadores, o livro contém uma seção biográfica e bibliográfica que resume suas carreiras e escritos mais importantes.

Em Pensadores da Nova Esquerda, Scruton pergunta como é a esquerda hoje e como evoluiu a partir da segunda metade do século XX. Ele traça a transferência de queixas da classe trabalhadora para mulheres, gays e imigrantes. Pergunta ainda o que podemos colocar no lugar do igualitarismo radical e o que explica o domínio contínuo das atitudes antinomianas no mundo intelectual? Pode haver algum fundamento para a resistência à agenda de esquerda sem fé religiosa?

A exploração de Scruton dessas questões importantes é escrita com habilidade, percepção e em todos os momentos com clareza palpitante. O resultado é uma crítica devastadora ao pensamento moderno de esquerda.

Resenha da editora