Tudo é mais caro quando feito pelo Estado

Caríssimos e baratíssimos,

Não querendo incomodar vocês com um pouco de lucidez no meio de notícias que não dizem o que deveriam dizer, segue mais um release do governo de SC e as coisas que não são ditas ali (o caso se passa em SC, mas é igual em qualquer estado).

“Uma portaria do Ministério da Saúde publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (20) habilitou 125 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o atendimento a pacientes Covid-19 em Santa Catarina” …

“’Esse é mais um passo importante no enfrentamento à doença em Santa Catarina. Com um esforço constante, desde o início da pandemia, já criamos 396 novos leitos de UTI na rede pública e assim ampliamos o atendimento a esses pacientes’, destaca o governador Carlos Moisés’…

“Os recursos serão disponibilizados aos municípios e Estado de Santa Catarina em parcela única. Por cada diária do leito serão pagos R$ 1,6 mil, o dobro do que normalmente é repassado”.

Veja só:

1. Habilitar leitos significa NÃO CRIAR NENHUM NOVO, mas pegar aqueles existentes nos hospitais e dizer: “agora é a União (governo federal) quem vai pagar pelo atendimento de quem nele deita doente”. Isso sim é soma zero que a esquerda tanto diz que ocorre na economia capitalista!! Só ganha alguém porque outro perde.

2. O governador catarinense, como qualquer outro governador diria o mesmo, comemora pelo fato de que o dinheiro que vai pagar pelo doente ao hospital que o atende não será o seu caixa estadual, mas o da União. Ou seja, está fazendo política com o dinheiro dos outros. Tem aquele dito popular, né, mas vou poupá-los disso!

3. Agora o que mais deveria indigná-los, caros e baratos bovinos gadosos, é o fato de que a UTI paga pelo cidadão privado é muito mais barata que a paga pelo Estado, como bem claro está no último parágrafo entre aspas. E está mais cara, O DOBRO (do valor já mais alto pago pelo Estado), porque é pra covid-19!!!

4. Moralzinha da história: o custo de manter o Estado (qualquer Estado) é pelo menos o dobro do que gastaríamos se fossemos pagar tudo de forma privada. Se eu fosse ingênuo como aquela pessoa da piada do cigarro e da Ferrari, eu diria: “você já poderia ter duas vezes o que vc tem na vida se não fosse o Estado”. Como sou praxeológico, diria que estaríamos apenas bem melhor.


Cláudio Toldo é o diretor editorial da Convivivm. Lecionou em duas universidades do Sul de Santa Catarina e tem experiência em diversos meios de comunicação, atuando na área de reportagem em jornalismo impresso, planejamento gráfico e editorial, jornalismo educacional, jornalismo empresarial e assessoria de imprensa, planejamento em comunicação e webjornalismo.

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