“Quem não chora, não mama”

Nossa síndrome de vira-lata é justa e começa pela falta de hombridade da classe mais abastada (média e alta) onde estão a maioria dos nossos empresários. Saiu num jornal da cidade de Criciúma que o Porto Seco está parado. Sim, está parado há quase duas décadas porque os empresários que irão se beneficiar do empreendimento estão esperando “ajuda” da administração municipal e do governo estadual. Coisa feia mendigar com comida na mesa.

Mas é pelos empregos! Dirá alguém querendo fugir da adjetivação depreciativa. Meus caros, não é! É gente querendo assistencialismo de classe alta (subsídio, infraestrutura) para não gastar do seu bolso. Criação de empregos, ainda que haja, é desculpa.

Vejam que há quase duas décadas (se não mais) o Porto Seco não anda. Se, lá atrás, os empresários tivessem se juntado, bancado a grana e feito a coisa crescer, já teriam pago todo a infraestrutura investida. Falta é mentalidade de empreendedor-raiz e sobra de empreendedor-malandro.

Pode ser ainda que não acreditem tanto assim no potencial do Porto Seco, e, por causa disso, não querem arriscar seus caraminguás. Neste caso, mais importante ainda não se deixar o ente público (grana dos impostos de todos) pagar por algo pouco auspicioso.

Mas por que eu tô aqui me queixando dos empresários se só reclamo do Estado? Porque eles legitimam o poder do Estado (municipal/estadual/federal) a fazer mais asneiras que já fazem sem demandas particulares. Governo só age a base dos grupos de pressão. Fizessem os empresários seus empreendimentos por suas despensas e lucros, teríamos uma sociedade mais justa socialmente, que não tira de todos pra ajudar alguns (muitas vezes que nem precisam).

Moral da história: deve-se ajudar quem precisa, e apenas quem precisa.

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