A soberba, a vaidade e a potência de poder

Caríssimos e baratíssimos,

Quem acompanha aqui os meus escritos sabe que eu gostaria de viver numa sociedade sem Estado (poderia aqui fazer um extenso preâmbulo – e fiz – mas o retirei pra não dar margem a que leitores desviem do assunto nos comentários para além do que gostaria de tratar hoje).

Digo isso antes pra não virem me acusar de apoiar A ou B, já que o que me leva a escrever hoje aqui é um sentimento de pena do governador catarinense Carlos Moisés.

Sim. Acho que a culpa dele é ser ingênuo e de ter deixado a soberba lhe subir à cabeça e achar que seria maior do que realmente é. O caso dele é exemplar para mostrar como o político experiente sabe cortar as asinhas de quem chega novo no poleiro. Eles, os experientes, são muito mais perigosos para a sociedade. Por isso meu mote aqui de votar em político ingênuo, inexperiente e de preferência pobre para todos os níveis como forma de nos livrar do mal(amém).

Moisés também errou, além da soberba e da ingenuidade, em dar corda à própria vaidade e ainda pisar na vaidade dos outros, que, ofendidos pelo despeito, lhe tiram agora o poder.

Ele é exemplo também daquilo que já tratei aqui. A vitória de qualquer cidadão em eleição (pode ser até de síndico) o enche de soberba, vaidade e potência de poder. No popular, o cara “se acha”.

Noves fora, talvez surja prova ainda para alguma punição do governador de SC, mas obviamente não é o que vemos nas justificativas da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Ali é só julgamento político porque ele não se enquadrou no Sistema Político Catarinense.

Ouvi numa rádio de São Paulo falarem do caso de Moisés como se fosse parecido com o do Rio. Como estão bem por fora dos documentos apensados nos processos de impeachment, acabam por reproduzir notícias eivadas dos interesses dos políticos espertalhões que têm mais “voz” na mídia de SC (sempre os mesmos).

Moral da história: a observar o espírito das coisas do momento, só um meteoro daria conta dos dinossauros atuais, como feito no período Cretáceo. Na política, nada de novo.


Uma resposta para “A soberba, a vaidade e a potência de poder”.

  1. […] falei deles, os políticos, aqui e aqui, e em outros lugares. Ainda repetirei esta ladainha. Políticos, como artistas, são, entres os […]

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