Início da campanha eleitoral e a perseguição inquisitorial das fake news

Caríssimos e baratíssimos,

Fiquei o dia todo pensando se me prestaria a algumas palavras sobre a campanha eleitoral deste ano, como fiz na anterior, sempre, diariamente, mostrando facetas do processo e o ridículo dos nossos ridículos representantes.

Como é que é? Denominar de ridículo pode ser ofensivo! Mas é minha opinião; e opinião, como os senhores (já estão embutidas as senhoras na expressão, conforme a regra culta da língua portuguesa) sabem, é de livre circulação pela Constituição vigente (artigo 5°, inciso 4, cláusula pétrea: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”; e artigo 220: “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo imune a qualquer tipo de restrição nos termos da lei maior”).

Bem, retornando, ao que queria dizer:

Vocês sabem, se não sabem, eu digo, as coisas acontecem por causa das palavras! Ditas onde forem e por quais meios, elas alteram as coisas. Isso sempre foi assim e nada muda debaixo do Sol, como o Rei Salomão constatou.

E o que mais me preocupa nesta campanha, e na vida em geral, é alguém querer definir o que pode ser dito e por que meios. Se o leitor tiver dúvida de que isso é extremamente prejudicial ao ser humano, basta ler os livros sobre liberdade neste link (Clássicos da Liberdade). Como até mesmo o resumo seria extenso sobre este assunto, presumo que o leitor irá procurar ler estes livros antes de querer duvidar do que digo.

Querer calar vozes é a forma de vencer sem lutar com argumentos. Calar é levar a humanidade a recuar em inteligência, por falta de dados a avaliar, e meios de melhorar em qualidade de vida. É a prática de totalitários, autoritários e de quem quer o poder sobre os outros.

Estamos agora diante de um perigo atroz e poucos estão dando a devida importância para isso: a Justiça, em geral, e a Justiça Eleitoral, em particular, neste momento, estão querendo definir o que é verdade e o que é mentira, o que vai ser permitido falar e o que será perseguido pela inquisição da toga brasileira. É a barbárie da expressão sob um manto de justiça.

A verdade tem poder próprio

Como disse Hilaire Belloc em Imprensa Livre, da Editora Awning, “a verdade tem um poder próprio”. Basta deixar que todos falem e teremos como avaliar por nós mesmos o que é melhor para nós. E isto sem a tutela de instituições como a Justiça, que, como estamos vendo diariamente, tem lado na disputa eleitoral.

Neste livro de Belloc, ele diz: “Houve um momento, confesso, em que não teria escrito com tanta esperança”. A esperança que lhe vem faltando é sobre a liberdade de expressão. E ele está falando isto em 1918, quando o perigoso Leviatã era pequeno. Hoje, o Estado ocupa a nossa vida de tal forma que pouca coisa pode-se escolher de forma realmente livre. A maioria já vem pré-determinada para consumo pelo Estado, ainda que você não veja.

A esperança, que é a última que morre

Da mesma forma que no período eleitoral anterior, não convencerei os convertidos, mas a esperança é sempre a última que morre. Elegeremos os bocós (como diria o Rei Julian, de Madagascar) de sempre, que querem mandar na vida dos outros, que ficarão cheios de soberba porque foram eleitos e assim se autoconsideram como pessoas superiores, que podem decidir o que é melhor para todos e têm as ideias certas para a economia e a política e o social.

Já falei deles, os políticos, aqui e aqui, e em outros lugares. Ainda repetirei esta ladainha. Políticos, como artistas, são, entres os seres humanos, os mais vaidosos. Querem ser idolatrados. Pense nisso nesta campanha e sempre.

Uma resposta para “Início da campanha eleitoral e a perseguição inquisitorial das fake news”.

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