Por que a esquerda destrói a liberdade de expressão?

No famoso livro de Friedrich Hayek de 1944, O Caminho da Servidão, ele alertou que as classes políticas e intelectuais das democracias da época estavam adotando algumas das mesmas ideias que inspiraram a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini e a Rússia de Stalin: ou seja, planejamento governamental centralizado, hiper-regulamentação da indústria, estatismo assistencialista e coletivismo em geral.

Ele não previu que essas sociedades acabariam em servidão, como alguns afirmaram erroneamente. Pelo contrário. Em seu primeiro capítulo, ele afirmou claramente que esperava que as ideias do livro ajudassem esses países a evitar esse destino desastroso. Ele esperava que as ideias do livro fossem um obstáculo no caminho para a servidão.

Já no décimo primeiro capítulo do livro, intitulado “O Fim da Verdade”, Hayek fala do imperativo histórico em todos os estados totalitários ao longo da história de destruir a liberdade de expressão para que a única crença do povo seja o plano social imposto pelo Estado.

Isso é alcançado por mentiras e propaganda institucionalizadas implacáveis, juntamente com a censura severa de todas as ideias contrárias, impondo à força um único discurso. Em outras palavras, esta é a sociedade que vemos hoje usar a palavra democracia em sentido já deturpado.

“O socialismo”, disse Hayek, “sempre tratou de substituir os planos que todos os cidadãos fazem para si mesmos pelos planos que os políticos iluminados fazem para todos.”

A importância da propaganda em países totalitários, diz Hayek, é que: “Se todas as fontes de informação atuais estão efetivamente sob um único controle, não é mais uma questão de meramente persuadir as pessoas disso ou daquilo. O propagandista tem o poder para moldar as mentes em qualquer direção que ele escolher”.

As sociedades de hoje, com raras exceções, já se tornaram praças pós-persuasão, afinal de contas, a esquerda não está mais disposta a debater nada seriamente. Eles agora só querem calar o debate. Controlam as universidades e lá só matizes de um mesmo discurso são discutidas. A mídia já é amplamente progressistas e emite alertas de antidemocrático ou anticientífico para todos que aparecem contrariando o que é publicado.

Agora basta a pecha de “isto ou aquilo” para não se querer mais debater. Ao apontar um qualificativo para o interlocutor como antidemocrático, a esquerda já se acha vencedora no argumento, pois na quantidade o discurso dela já é mais visível na mídia. A hegemonia do pensamento progressista é a prova deles.

Se você discordar da versão mais recente do pensamento esquerdista hegemônico então você será cancelado virtualmente, tachado de racista, antidemocrático ou qualquer outro qualificativo e tudo o que disser a partir daí não será mais considerado. E o debate acaba e as coisas seguem no caminho da esquerda.

Segundo Friedrich Hayek: “As consequências morais da propaganda totalitária são ainda mais profundas. Minam um dos fundamentos de toda a moral: o sentido e o respeito pela verdade”.

No meio esquerdista, parafraseando Hayek, a verdade não é algo que se descobre por meio do aprendizado, da educação, do autoestudo, da pesquisa e do debate. Em vez disso, é “algo a ser estabelecido pela autoridade”.

Lembre-se, para a esquerda “Os fins sempre justificam os meios; e em todos os lugares”.

A intolerância é permitida para a esquerda, que aprendeu isso com Herbert Marcuse na década de 1960. O autor disse num artigo amplamente celebrado no meio acadêmico sobre “tolerância repressiva” que “apenas as classes oprimidas merecem liberdade de expressão”.

Isso mostra como tudo que passamos hoje é fruto do que aprenderam nossos avós, pais e nós mesmos, dos anos 60 pra cá. São estas pessoas que comandam os países hoje. Aprenderam totalitarismo disfarçado de bom-mocismo. E isso marcha pelas instituições há várias gerações… E este entendimento é que cala a boca dos que discordam dos meios e fins do Progressismo.

Mas por que calar!?

Imagine ser associado a monstros como Josef Stalin, Mao Tsé-Tung, Nicolae Ceausescu e outros comunistas assassinos em massa do século XX. Ou ainda aos governos de Cuba e Venezuela? Estes personagens e as consequências de suas políticas sociais e econômicas não devem ser apontadas como resultados do que pregam hoje.

Esta associação deve ser escondida. Imagine a alegria quando a esquerda descobriu que com o colapso do socialismo no fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, com a queda do murro de Berlin e o fim da União Soviética, não precisavam mais justificar aqueles governos.

A censura é então uma forma de evitar serem associados a regimes totalitários. Ao contrário, se houver liberdade de expressão, a verdade será exposta, e ela é a luz do sol que consegue destruir o Drácula. Por isso precisam da censura nas redes sociais e estão em luta aberta contra Elon Musk e sua gestão à frente do Twitter. A esquerda considera a luta pela liberdade de expressão uma luta de morte política, e eles estão certos sobre isso. Se não conseguirem calar, a esquerda vai voltar a ser a voz minoritária e intolerante disfarçada de cordeiro que sempre foi.

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Uma resposta para “Por que a esquerda destrói a liberdade de expressão?”.

  1. Gostei muito de ler o artigo!

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